O direito à habitação está hoje comprometido A resposta a esta necessidade exige um forte e permanente investimento em habitação pública , concretizado com a mobilização de fundos públicos, com o valor anual de 1% do PIB , canalizado para as necessidades de construção, reabilitação e manutenção a concretizar no quadro de um Programa Nacional de Habitação , a criar, que contribua para alargar o arrendamento de carácter social e a custos acessíveis dirigido a diversas camadas da população. Entretanto são necessárias medidas imediatas para fazer baixar o valor das rendas – com a fixação de valores máximos das rendas em contratos em vigor e novos contratos, a revogação da “Lei dos Despejos”, a estabilidade dos contratos fixando em 10 anos o período mínimo para a sua duração. São igualmente necessárias medidas para fazer baixar os valores das prestações aos bancos – intervindo para reduzir spreads e comissões bancárias – e é também necessário combater a procura especulativa – eliminando o regime fiscal dos residentes não habituais, limitando a aquisição de habitação por fundos imobiliários e os usos afectos ao turismo. A grave situação habitacional já existente, em particular nas áreas metropolitanas e o seu mais do que previsível agravamento, exige ainda a concretização de uma urgente resposta integrada à habitação precária e clandestina, com a mobilização de recursos da administração central. O PCP vai propor a revogação da alteração à chamada “Lei dos Solos” , assim como medidas para travar a especulação imobiliária em zonas de influência de grandes infraestruturas públicas ou investimentos privados.