A comparação entre as propostas da Aliança Democrática (AD) e do Chega para a área dos transportes pode ser assim sumarizada, com base nas informações fornecidas:

Aliança Democrática (AD)

• Transporte Ferroviário: A AD enfatiza o papel do transporte ferroviário como estruturante para o território e fundamental para a descarbonização, promovendo uma maior concorrência e novos operadores no setor. Pretende aumentar a quota do transporte ferroviário de passageiros.
• Direitos dos Passageiros: Propõe um regime legal de defesa dos direitos dos clientes/passageiros, transversal a todo o transporte público (rodoviário, ferroviário e marítimo/fluvial).
• Financiamento: Reforço do Fundo para o Serviço Público de Transportes.
• Inovação e Acessibilidade: Pretende definir padrões de informação e bilhética harmonizadas e interoperáveis, implementar sistemas tarifários flexíveis e aprofundar a gratuitidade do transporte público para residentes, acompanhada de indicadores de eficiência. Apoia a criação de redes de transportes específicos e dedicados para pessoas com doenças degenerativas.
• Outras medidas: Avaliação de incentivos à conversão energética para veículos de transporte de passageiros e apoio à aquisição de veículos de zero emissões.

Chega

• Infraestruturas Rodoviárias: O Chega pretende potenciar as infraestruturas rodoviárias existentes, concluindo as interligações em falta e maximizando as sinergias com as novas ferrovias. Defende a abolição das taxas de utilização das SCUT, com base na disponibilidade orçamental.
• Transporte Público: Propõe criar incentivos à renovação das frotas de empresas transportadoras, com veículos menos poluentes e mais rápidos, e apoiar a construção de estruturas de articulação entre diferentes modos de transporte, como a ligação entre transportes ferroviários e rodoviários.
• Mobilidade e Sustentabilidade: Aponta para a necessidade de integrar diferentes modos de transporte, como transporte público, ciclovias e peões, promovendo uma mobilidade mais sustentável e eficiente.
• Transporte Ferroviário: Defende a criação de um novo sistema de transporte ferroviário regional-aeroporto no Algarve. Avaliar a viabilidade da ligação do metropolitano entre Almada e Lisboa, e a criação de um passadiço metálico pedonal na Ponte 25 de Abril.
• Financiamento: Propõe uma consignação mais significativa das receitas sobre os combustíveis nas despesas de manutenção e conservação das infraestruturas rodoviárias, bem como nas portagens das autoestradas que ligam as regiões mais deprimidas do país.

Em resumo, enquanto a AD demonstra uma aposta forte no transporte ferroviário e na melhoria dos serviços públicos de transporte, o Chega foca-se mais nas infraestruturas rodoviárias e na articulação entre diferentes modos de transporte, com preocupações de sustentabilidade e mobilidade integrada.